Infecção Urinária A infecção do trato urinário (ITU) ocorre em qualquer parte do sistema urinário, como rins, ureteres, bexiga ou uretra. Pode acometer indivíduos de qualquer idade e sexo, mas é mais comum entre as mulheres. Nas mulheres este tipo de infecção é muito comum devido a fatores anatômicos, a saída da uretra é bem próxima à entrada da vagina, onde se sabe que a mulher abriga diversos microorganismos que compõem a flora vaginal, outro fator importante é que a uretra feminina é bem menor que a masculina, o que favorece o caminho das bactérias desde a entrada da uretra até a bexiga. Os bebês, principalmente meninas, têm muita chance de adquirir a infecção devido ao uso de fraldas. Além disso, fatores como cálculos renais, diabetes, menopausa, gravidez, alterações neurológicas favorecem o aparecimento de infecção urinária. Calcula-se que 20% das mulheres apresentem um episódio de ITU durante a vida. Nos Estados Unidos estima-se que haja 5 milhões de novos casos a cada ano. A infecção urinária é provocada por bactérias, vírus, fungos e outros microorganismos, levando a inflamação dos rins e das vias urinárias. Na maioria dos casos bactérias, “sobem” pela uretra e atingem a bexiga, os ureteres e os rins. A bactéria que mais comumente causa a ITU é chamada Escherichia coli, e faz parte da flora intestinal normal. Assim, podemos perceber a importância de hábitos de higiene adequados para a prevenção das infecções urinárias. Alguns fatores aumentam a chance de desenvolvimento de ITU, por facilitarem a proliferação das bactérias e o acesso das mesmas ao sistema urinário. São eles: • Sexo feminino; • Gravidez: há uma diminuição das defesas da mulher; além disso, durante a gestação há um aumento da progesterona (um dos hormônios femininos), o que causa um relaxamento maior da bexiga e favorece a estase urinária; • Hábitos de higiene inadequados; • Diabetes; • Climatério: as alterações do organismo da mulher favorecem o desenvolvimento de ITU; • Obstrução urinária: qualquer fator que impeça o fluxo constante de urina, como aumento da próstata, defeitos congênitos, cálculos urinários (“pedra nos rins”), tumores; • Corpos estranhos: a inserção de corpos estranhos pode carregar as bactérias para o sistema urinário e servir como local de aderência e proliferação, como sondas; • Doenças neurológicas: interferem com os mecanismos de esvaziamento da bexiga, favorecendo a estase de urina; • Doenças sexualmente transmissíveis; • Infecções ginecológicas.
SINTOMAS: Ardência ou dor ao urinar; dificuldade para iniciar a micção; urgência miccional: quando a pessoa sente uma vontade súbita de urinar; ato de urinar várias vezes ao dia e em pequenas quantidades; urina com mau cheiro, de coloração alterada; pode haver eliminação de sangue na urina, que fica avermelhada, acastanhada; dores nas costas e no estômago; tremores, suores, calafrios, náuseas, vômitos e febre Importante ressaltar que em crianças os sintomas nem sempre são evidentes e, algumas vezes, elas apresentam sintomas em locais não relacionados ao sistema urinário. Nelas, podemos encontrar febre, falta de apetite, parada de crescimento e perda de peso. Na presença de qualquer um desses sintomas procure um médico.
DICAS: Ingerir bastante líquido (média de 2 litros por dia); Evitar reter a urina; Prática de relação sexual protegida; Urinar após relações sexuais;
Evitar o uso indiscriminado de antibióticos, sem indicação médica; Para as mulheres: - Limpar-se sempre da frente para trás, após usar o toalete; - Lavar a região perianal após as evacuações; - Evitar o uso de absorventes internos; - Evitar a realização de “duchas”, “chuveirinhos”; - Evitar o uso constante de roupas íntimas de tecido sintético, preferir as de algodão; - Evitar roupas justas.
Procure seu médico se tiver sintomas.