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Foto do escritorDr. Leo Kahn

Esclerodermia


Esclerodermia

ESCLERODERMIA

Doença auto-imune, rara, que pode se manifestar inicialmente com alterações de articulações, simulando uma artrite reumatóide, depois ocorre o endurecimento da pele, que se torna espessada, lisa e sem elasticidade. Essas pessoas produzem uma quantidade exagerada de colágeno, a proteína do tecido conjuntivo responsável por estruturar e unir os diferentes tecidos do corpo. A elevada produção dessa substância não só leva ao enrijecimento da pele como pode afetar vasos sangüíneos e órgãos internos, como o coração, os pulmões e os rins. Há dois tipos de esclerodermia: A localizada, mais comum em crianças, ataca apenas certas partes do corpo, e a sistêmica, que pode afetar todo o organismo, incluindo os órgãos internos. A esclerodermia sistêmica, mais comum em adulto, afeta órgãos internos e vasos sangüíneos de pequeno calibre, que se afinam e em alguns casos ficam inteiramente obstruídos. A esclerodermia afeta indivíduos de todas as raças, especialmente mulheres, sendo que o risco de desenvolver a doença é de três a nove vezes maiores entre o sexo feminino e a maioria dos casos atinge pessoas entre 35 a 55 anos. É a mais mortal de todas as doenças reumáticas, os dados epidemiológicos mais confiáveis sugerem que ela acomete cerca de 20 a 30 pessoas por milhão ao ano nos Estados Unidos. As complicações dependem de qual região do corpo foi atacada e podem variar de leves a graves. Nas juntas, os problemas são parecidos com os da artrite com dor, vermelhidão, inflamação, perda da flexibilidade e até a deformidade. Nos dedos das mãos, a esclerodermia costuma limitar a realização de tarefas cotidianas, como escovar os dentes e o cabelo, segurar uma xícara etc. Quando atinge um órgão vital, como nos rins, pode levar à hipertensão severa e até a falência do órgão. No pulmão a esclerodermia às vezes causa hipertensão e fibrose pulmonar. Ao atacar o coração, chega a afetar o bombeamento de sangue e alterar o ritmo cardíaco, podendo causar a falência do órgão.

Sinais e Sintomas: - O principal é o espessamento e o enrijecimento de diferentes regiões da pele. - Outras manifestações incluem: - a descoloração da pele, - aparecimento de pintas vermelhas nas mãos, nos antebraços, no rosto e nos lábios, - dor e perda de flexibilidade nas articulações, - sensação de dormência nas extremidades, - pele com aparência de marfim, - arqueamento e endurecimento dos dedos, - coceira na pele, - alteração de cor na ponta dos dedos devido ao frio ou ao estresse (Fenômeno de Raynaud), - aparecimento de feridas em algumas regiões como nos dedos e no cotovelo, - perda de peso, - cansaço, - dificuldade de engolir, - azia e - encurtamento da respiração.

SAIBA MAIS: - A Esclerodermia é 3-8 vezes mais comum em mulheres que em homens, mas os homens costumam apresentar manifestações mais graves da doença. - O primeiro passo é manter a atenção para os sintomas e procurar um médico, que realizará um exame clínico à procura de outras manifestações da doença. Se o exame inicial mantiver a suspeita de Esclerodermia, o passo seguinte é realizar alguns exames laboratoriais. - Em alguns casos, biópsias da pele podem oferecer informações adicionais valiosas para confirmar ou excluir a possibilidade de esclerodermia. - Nas formas que apresentam deformidades é importante a fisioterapia para evitar o comprometimento dos movimentos. - Um dos grandes problemas da doença é o enrijecimento da pele do rosto, o medo de não se sentir atraente e ser rejeitado pelo companheiro ou companheira é uma das principais causas da baixa auto-estima entre os pacientes sendo necessário acompanhamento psicológico. - Recentemente, surgiu uma grande controvérsia relacionando implantes de silicone nas mamas a um aumento no risco para Esclerodermia, estudos científicos realizados em vários centros de pesquisa não comprovaram estas suspeitas. - A Esclerodermia não possui cura e, devido à sua evolução variável, é considerada uma das doenças reumáticas de tratamento mais difícil.

A Esclerose Sistêmica Progressiva geralmente é tratada pelo médico reumatologista ou clínico geral devido ao envolvimento dos órgãos internos.

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