Esclerite A esclerótica, de natureza conjuntiva é a parte externa do globo ocular, formada por tecido fibroso e denso de colágeno. Possui uma abertura anterior onde se encaixa a córnea e uma posterior por onde passa o nervo ótico. Anatomicamente é dividida em três partes: a episclera, mais externa e muito vascularizada; o estoma escleral, formado principalmente por fibras de colágeno; e a mais interna, a lâmina fusca, que contém melanócitos. A esclerite é a mais grave das inflamações que ocorre ao longo de toda a espessura da esclera, extremamente dolorida que pode afetar gravemente a visão. Ocorre em cerca de 0,1% dos casos em oftalmologia de urgência, com maior incidência no sexo feminino entre a terceira e quinta década de vida, sendo que um terço dos casos atinge ambos os olhos. Fatores de risco: - Hanseníase. - Artrite reumatoide. - Lúpus eritematoso sistêmico. - Tuberculose. - Gota. - Sífilis. - Granulomatose de Wegener. - Policondrite recidivante. - Poliartrite nodosa. - Espondilite anquilosante. - Síndrome de Churg-Strauss. Sinais e Sintomas: - Dor intensa. - Vermelhidão ocorre em parte ou em todo o olho. - Irritação com aumento do lacrimejamento. - Inchaço no olho. - Alteração de branco para tons amarelados no olho. - Aparecimento de um nódulo doloroso. - Redução do apetite. - Sensibilidade à luz intensa. - Diminuição da visão. - Perfuração do globo ocular. - Perda da visão. O diagnóstico é realizado pela história, exame físico dos olhos, auxiliado pelo exame de lâmpada de fenda. Às vezes a área da inflamação está na parte posterior do olho sendo necessário ultrassom ou tomografia computadorizada para confirmar o diagnóstico.
SAIBA MAIS: - Pode acometer diferentes regiões da esclera. - A esclerite anterior representa 90% dos casos. - A posterior é de difícil diagnóstico. - Ambas as formas da doença podem atingir pessoas de todas as idades. - O controle das doenças que podem ter causado a patologia é essencial. - Favorecer a cicatrização do olho e evita o reaparecimento. - Pode também ser classificada como difusa (acometendo toda a esclera) ou localizada (quando acomete apenas uma região específica dessa estrutura). - São comuns as queixas com visão levemente embaçada e sensação de ardência. - Também se desenvolvem após complicações de cirurgias oculares, presença de corpos estranhos no olho, traumas e fungos. - Quando não tratada adequadamente pode causar descolamento de retina, edema no nervo óptico, uveíte, perda de visão por perfuração, glaucoma e alterações corneanas. - Cerca de metade dos casos de esclerite é de causa desconhecida. - A cura ocorre principalmente se o tratamento for iniciado logo no início da doença. Procure um médico oftalmologista.