Urticária
Lesões avermelhadas e edemaciadas que acometem a pele, podendo ser pequenas e isoladas ou se juntarem em grandes placas, de formas irregulares e com prurido intenso. Aparecem em qualquer área do corpo, ocorrendo várias vezes no decorrer do dia, com duração de menos de 24 horas, sumindo completamente e não deixando marcas. Geralmente está associada à ação da histamina, que é uma substância liberada pelos mastócitos, células do tecido conjuntivo responsáveis pela dilatação e permeabilidade dos pequenos vasos sanguíneos. O edema, também conhecido como angioedema, pode ocorrer nos lábios, pálpebras, língua, garganta, genitais, mãos e pés. Pode ser acompanhado, ou não, de falta de ar, dor abdominal, dor para engolir e a forma mais grave leva ao risco de vida. Com alta incidência na população, cerca de 20 a 25% já manifestaram pelo menos um episódio da doença na vida, sendo que desse total, 50% apresentam apenas lesões de pele, 10% apenas angioedema e 40% apresentam lesões de pele e angioedema juntos. Com duração de até seis semanas é chamada de urticária aguda, quando mais do que seis semanas é chamada de crônica e ocorre em qualquer idade, sendo mais comum em adolescentes e adultos jovens. A aguda pode ser desencadeada por estímulos de origem imunológicos ou não, em consequência de reação alérgica aguda a agentes físicos, alguns alimentos e algumas infecções virais e bacterianas. É muito difícil definir, porém, o fator desencadeante de grande parte dos episódios de urticária crônica, estudos indicam que muitos desses quadros podem estar associados à doença autoimune.
Fatores de risco: - Antibióticos, aspirina e anti-inflamatórios. - Picadas de insetos. - Uso de luvas de latex e camisinha. - Estímulos físicos como: calor, sol, frio e fricção. - Corantes, aditivos e conservantes. - Vasculites. - Lúpus. - Artrite reumatoide. - Síndrome de Sjögren. - Doença celíaca. - Mieloma múltiplo.
Sinais e Sintomas: - Lesões avermelhadas. - Pode ter contornos em arcos, em círculos, vergões, formando desenhos irregulares e estranhos. - Coceira. - Ardor ou queimação. - Edema de pálpebras, lábios, língua e garganta. - Dificuldade respiratória.
O diagnóstico é realizado pela história detalhada da doença e pelos sinais e sintomas, podendo ainda ser solicitados alguns exames laboratoriais, como de sangue, fezes, urina e testes cutâneos. A biópsia da pele pode ser necessária em casos de difícil controle ou para diferenciar de outras doenças da pele.
SAIBA MAIS: - Cuidado com alimentos como: ovos, leite, frutos do mar, soja, nozes e amendoim. - Fique longe de agente desencadeante dos surtos de urticária. - Não tenha contato com substâncias, incluindo plantas, pólen, saliva de animal, tinta, resinas, perfume e detergente. - Evite coçar a pele nas áreas em que se desenvolveram as lesões. - Compressas frias sobre as lesões aliviam a coceira. - Evite calor, bebidas alcoólicas e estresse. - O tratamento deve sempre ser indicado pelo médico dermatologista ou alergologista após estudo detalhado. - Mesmo sem descobrir a causa, a urticária é controlada em mais da metade dos casos entre seis meses e um ano. - Em cinco anos, cerca de 90% dos pacientes não apresentam mais a doença. Casos graves de angioedema ou anafilaxia devem ser levados ao serviço de emergência.