Doença de Peyronie
Curvatura anômala do pênis que pode ser acentuada para cima, para baixo ou para os lados e em alguns casos ter dois desses desvios. Isso ocorre principalmente pelo desenvolvimento de uma placa fibrótica ou de um nódulo que se instala na túnica albugínea, comprometendo sua elasticidade e impedindo que os corpos cavernosos se expandam normalmente, dificultando a ereção e até mesmo impedindo a penetração vaginal. Ao contrário da curvatura congênita, quando o menino já nasce com o pênis encurvado, geralmente para baixo, o Peyronie aparece ao longo da vida adulta, depois de vários anos sem nunca ter se manifestado. O início é súbito percebido como um pequeno nódulo fibroso e endurecido no pênis, pode ficar para sempre do mesmo tamanho ou aumentar em poucas semanas ou meses. Quando esse nódulo aumenta, se transforma em uma placa e à medida que a curvatura aumenta, o pênis se dobra para dentro da placa. A deformidade da curvatura provoca muitas vezes constrangimento, sendo capaz de diminuir a excitação, levando a uma disfunção erétil. A doença de Peyronie se manifesta na maioria dos casos depois dos 50 anos, mas eventualmente acomete homens jovens. Embora não se possa dizer que seja uma doença de caráter hereditário, parece que a incidência é maior na mesma família. As causas não estão bem definidas, mas pequenos traumatismos ocorridos durante a relação sexual podem resultar em cicatrizes que interferem na ereção. Estudos estão mostrando que existe uma associação com doenças reumatológicas, diabetes e uso de betabloqueadores para controle da hipertensão.
Sinais e Sintomas: - Dor; - Curvatura peniana; - Dificuldade de penetração; - Placas endurecidas ao longo do penis.
O diagnóstico é realizado pelo histórico do paciente e através do exame físico, às vezes é necessária uma injeção intracavernosa de um vasodilatador de modo a se observar a curvatura peniana durante a ereção. A utilização de ultrassom ou ressonância magnética ajuda a mapear a extensão da placa e auxilia no planejamento do tratamento.
SAIBA MAIS: - A doença inicia-se como uma vasculite no tecido conjuntivo frouxo, situado entre a túnica albugínea e o tecido erétil. - A etiologia não esta totalmente esclarecida, associa-se a contratura palmar de Dupuytren, fibrose auricular, fibromatose plantar e esclerodermia, sugerindo uma doença autoimune. - Vários estudos sugerem a existência de uma predisposição genética, devido à associação com presença do antígeno HLA-B7. - A doença acomete cerca de 6 a 7 % dos homens. - Início abrupto dos sintomas ocorre em menos de 20% dos casos. - Em menos de 10%, as placas desaparecem espontaneamente sem tratamento algum entre um ano e meio a dois anos. - Não se preocupe com a presença de uma placa ou um nódulo característico da doença se não interferem na sua atividade sexual. - Peyronie é benigno e mesmo sem tratamento não representa nenhum risco para a saúde. - A placa pode estar localizada em um pequeno segmento do corpo cavernoso como, também, comprometer várias partes ou todo o corpo cavernoso. - A dor que acompanha a Doença de Peyronie ocorre geralmente durante a ereção prejudicando o ato sexual. - Quando o comprometimento dos corpos cavernosos é extenso, a ereção fica impossível. - Não há prevenção conhecida. - Como é uma doença de etiologia desconhecida, o tratamento eficaz também é ignorado. Naqueles casos assintomáticos e sem curvatura peniana, o tratamento conservador (somente observar o paciente) está indicado. - Quando existem sinais de progressão da placa, dor ou curvatura mínima pode-se optar por drogas administradas via oral ou injetável na placa. - Se houver curvatura peniana significativa com impossibilidade de penetração vaginal, o tratamento é cirúrgico. Procure seu médico.