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Foto do escritorDr. Leo Kahn

Síndrome de Stevens-Johnson


Síndrome de Stevens-Johnson

Síndrome de Stevens-Johnson

Reação alérgica mucocutânea grave e potencialmente fatal, causada por uma hipersensibilidade a diversos fatores como infecções por vírus, fungos, bactérias, afecções do tecido conjuntivo, tumores malignos, vacinas e principalmente por diversos tipos de medicamentos. Geralmente se manifesta por uma descamação em variados graus da pele e das mucosas, com formação de bolhas, em aproximadamente 10 a 30% da superfície do corpo. Sua etiologia ainda não foi esclarecida, mas acredita-se que seja proveniente de uma desordem imunológica, com o envolvimento dos vasos superficiais, ocasionando um processo patológico. Acomete cerca de tres pessoas em cada milhão nos EUA e na Europa, com prevalência em crianças e adultos jovens, sem preferência por sexo ou raça. A mortalidade devido à Síndrome de Stevens-Johnson (SSJ) gira em torno de 5 a 15%. Os medicamentos mais comuns no desenvolvimento da Síndrome são: - Sulfas. - Anticonvulsivantes. - Antiinflamatórios não hormonais. - Outros antibióticos.

A Síndrome de Stevens-Johnson pode progredir para um quadro de toxemia, com alterações do sistema gastrointestinal, sistema nervoso central, rins e coração. O prognostico é grave, especialmente em pacientes idosos e quando há a presença de infecção secundária, se tornando mais grave ainda quando acomete acima de 30% da camada superior da pele ocorrendo a Necrólise Epidérmica Tóxica.

Sinais e Sintomas: - Febre, - Mal-estar, - Dor de cabeça, - Coriza, - Dor muscular, - Artralgia, - Lesões cutâneas extensas, por diversas regiões do corpo, - Lesões bolhosas, muitas vezes com sangue e/ou pus na região da boca, lábios, língua, olhos, região da mucosa anal e genital.

O diagnóstico é realizado pelo médico através do histórico e do exame físico, na observação das lesões que contêm características específicas como as cores e as formas, podendo solicitar ainda exames de sangue, urina e amostras das lesões quando existe suspeita de infecções secundárias.

SAIBA MAIS: - Normalmente a síndrome começa com sintomas semelhantes aos de uma infecção. - O indivíduo fica com o aspecto de um grande queimado. - Os locais mais afetados são: mucosa oral, lábios e conjuntiva. - Não existe nenhum teste diagnóstico para apontar qual medicamento desencadeou a doença. - Foram descritos mais de cem medicamentos que levam a SSJ. - Os testes de provocação não são recomendados, uma vez que uma nova exposição ao agente pode resultar em um novo episódio da síndrome. - As cicatrizes conseqüentes do processo de necrose podem resultar em perda das funções orgânicas. - Quando alcança os brônquios, pode causar insuficiência respiratória. - O envolvimento ocular está presente em 39% a 61% dos casos e caracteriza-se por uma conjuntivite purulenta em ambos os olhos, membranosa ou pseudomembranosa, com aderência das pálpebras inferiores e superiores, sendo habitualmente observados nos estágios crônicos da afecção: simbléfaro, oclusão adesiva da ponta lacrimal e opacidade da córnea. Esse quadro pode resultar em cegueira e perfuração do globo ocular. - O tratamento habitualmente é de suporte e sintomático, devendo ser tomado os devidos cuidados com a pele e mucosa, similares aos de um paciente que sofreu queimaduras, além de uma avaliação oftalmológica diária e acompanhamento por longo período. - O reconhecimento e retirada do fármaco é a principal ação terapêutica a ser realizada. Deve-se interromper imediatamente o uso de medicamentos suspeitos, consulte sempre seu médico.

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