PÉ DIABÉTICO O pé diabético é uma das complicações crônicas que atingem os diabéticos, sendo que entre 5% a 10% dos pacientes diabéticos são portadores de úlceras nos membros inferiores. É a causa mais comum de internação desses pacientes. A previsão para 2025, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), é de mais de 350 milhões de portadores de diabetes no mundo, 25% dos quais terão algum tipo de comprometimento nos pés. Fatores de Risco: - O principal fator de risco para esse problema é a neuropatia diabética, que leva a perda ou alteração de sensibilidade dos pés, tendo como consequências, dores, deformações, feridas, infecções levando até mesmo à amputação, debilidade e atrofias musculares ou alteração do funcionamento dos órgãos internos. - O outro fator é a vasculopatia diabética que pode ser vista nas grandes artérias, e nas arteríolas e pré-capilares.
O diagnóstico é feito pela história clínica e pelo exame físico da lesão. Quando avançada, geralmente é indolor, porém extensa e de odor extremamente desagradável devido à necrose úmida que provoca. Assim, a inspeção será baseada na procura de úlceras, calos ou qualquer outro problema visível. Consulte o médico caso haja qualquer preocupação a esse respeito. É possível prevenir as infecções nos pés. Manter um bom fluxo sanguíneo é, também, outro aspecto importante. Para isso, tome medidas que baixem a pressão alta e os níveis de colesterol. É importante também fazer caminhadas com regularidade ou outro tipo de exercício físico. O tabagismo deve ser evitado: 95% de todas as amputações do pé acontecem em fumantes. Contudo, caso aconteça não significa que a pessoa não possa continuar levando uma vida normal. Nem mesmo de caminhar ela fica impossibilitada; o cirurgião removerá o mínimo possível do membro, para facilitar o processo. Após a cicatrização, será colocada uma prótese.
SAIBA MAIS: - Lavar diariamente os pés com sabão e água morna, nunca fazendo uso de água muito quente. A secagem deve ser cuidadosa, particularmente entre os dedos, hidratar a pele. - Unhas grandes, muito curtas ou malcortadas podem causar lesões. O corte deve ser reto, peça ajuda em caso de dificuldade. - Se as unhas forem quebradiças ou grossas, ou se os bordos estiverem infectados, deve-se recorrer a um profissional de saúde. - Crie o hábito de examinar os pés diariamente à procura de lesões: cortes, bolhas, calosidades e possíveis áreas de infecção. - Antes de calçar os sapatos, inspecione o interior com a mão, procurando corpos estranhos (areias, pregos...). - Não utilize esparadrapo, fita adesiva, ou qualquer outra no pé. - Não use sandálias com tiras entre os dedos. - Os sapatos não devem apertar os pés. - Reparar nas partes desgastadas do sapato. - Nunca caminhe descalço ou com sapatos abertos. - Substituir diariamente as meias, preferindo de algodão, claras e sem costuras. - Não utilizar produtos abrasivos ou irritantes (remédio para calos). - Não colocar os pés junto a fontes de calor. - Evitar cruzar a perna quando sentado. - Elevar ligeiramente os pés enquanto dorme. - Observar alteração e comparação da cor dos membros. - Uma área machucada ou infeccionada na base do pé pode desenvolver uma úlcera e seu aparecimento é mais provável quando a circulação é deficiente e os níveis de glicemia são malcontrolados.
Leve esse problema a sério! Se descobrir que tem úlcera no pé, não deixe para o dia seguinte sua visita ao médico. As camadas de pele são gradativamente destruídas pela infecção, criando um buraco quando a úlcera não é devidamente tratada.